2005-02-18

Ah pois é!

Já há concertos marcados:
Agenda Xutos & Pontapés

E aí vamos de novo na estrada...

"...amar… mesmo que na escuridão das lágrimas… "

Gosto de coleccionar textos, textos escritos por outras pessoas, amigos ou não, textos que me toquem ou me chamem à atenção. Foi este o caso, este texto, escrito por uma amiga Caramela chamou-me à atenção, não só por ela escrever muito bem mas pelo que retrata, pela situação (tão actual em mim...). Ora vejam...

«...amar… mesmo que na escuridão das lágrimas…

“Vais ficar por casa?” – perguntou ele pedindo uma confirmação da solidão da mulher que suplica pelo seu desejo. “Sim!!” – respondeu ela cedendo-lhe o seu sinal de liberdade… a liberdade que ele receava não ter, talvez com receio de vê-la sofrer na presença de encontra-lo escoltado pela pessoa com quem ele partilha o tempo do seu ninho, aquele nicho que ela tão bem conhece e o qual lhe tem a entrada vedada como sendo um território proibido, mas transitado na escuridão de um poema…

Quantas vezes ela ouviu os gemidos de prazer dele naquele leito, quantas vezes ela se redimiu aos braços dele no esboço daquele projecto (o qual ela acredita ter a triste finalidade de não passar de um projecto apenas realizado em maquete), quantas vezes ela não resistiu ao odor da pele dele que gritava pela pele dela… com a mesma força que lhe doía hoje aquela ferida, que dói não por fora, mas por dentro… a dor do querer um mimo que só ele lhe pode dar.
A saudade do sorrir, faz com que ela o deseje nessa cegueira, mais do que o almejou durante todos os meses e, já anos, que passaram desde a primeira troca de letras de impetuosa paixão e veemente desejo… não por ser o dia internacional do consumismo especial, mas sim por não estar a suportar a ausência dos vocábulos interditos dele. Vocábulos esses que lhe seguram as forças para suportar esta situação a que destinou a sua vida, mas ele não compreende ou não quer compreender que a falta das suas palavras a deixam insegura... Talvez até ele o faça prepositadamente na essência de estas não lhe provocarem desejo... mas magoa-a!
Ela dava tudo para conseguir dissolver a balbúrdia em que se transformaram os seus sentimentos de “querer” quem não é desejado apenas por ela, de "querer" quem não se entrega apenas a ela (mesmo que ele a queira convencer que o seu corpo é apenas o corpo em que ele entra)... Aquela analogia de buscar a máxima felicidade não lhe está a dar segurança e a falta da comparência dele oscila-lhe a sua quietude. Ela quer mais, aqueles encontros de minutos já não lhe bastam, as letras não correspondidas não a convencem… e ela chora... as lágrimas que trajectam o seu rosto durante esta noite não o trazem para o seu colo, ela sabe com quem ele está… e isso agride-lhe o orgulho, porque ela nunca ambicionou estar com alguém assim…
Pois é amigos, hoje é o famoso dia de S. Valentim, alcunhado também de dia dos Namorados, que inevitavelmente chama ao consumo hipócrita de bens materiais… Estas oferendas e mimos forçados que levam à tentativa de compensar a falta de demosntração de amor e de afecto que há em 364 dias por ano… por vezes o amor torna-se um povoado estranho entre pessoas.


Deixei aqui uma história que não é de ninguém mas que pode sempre ser de alguém…

É que há muitas formas de amar, e o amar na fusão perfeita de sentimentos e atitudes lógicas é algo difícil de se viver… mas é mais difícil ainda nos amores proibidos em que as personagens principais caminham contra os princípios abstractos dos que deviam ser apenas figurantes... Estes, os proibidos, são os mais difíceis de gerir por serem “apontados” como cruéis…

É que às vezes sabe tão bem amar… mesmo que na escuridão das lágrimas…

Um beijinho grande para todos e…

...não se esqueçam que a felicidade é alcançada mediante a luta na coerência do sonho!!!»

Cláudia “Karamela” Brito in Karamelisses

2005-02-14

Os valores das coisas...

Há coisas que eu não entendo. Cada vez tenho mais surpresas com as pessoas e com a vida, foi quando comecei a constatar isso que percebi que me estava a tornar numa quase-adulta. Cada vez mais as pessoas são distantes e superficiais, estão pouco interessadas em relações duradouras e profundas e não é só no plano amoroso mas também no da amizade. Reparo isso na minha turma, apesar de gostar muito deles há uma característica comum em alguns deles que me faz alguma confusão e total incompreensão. Essa característica é o facto de fazerem tudo em cima do joelho, de assumirem relações como quem muda de camisa, de mudar de parceiro ou de gostos a uma velocidade alucinante.
Toda esta maluqueira das relações descartáveis (em todas as idades, mas principalmente na minha) fez-me pensar que talvez seja tudo assim hoje e que eu, com apenas 15 anos, seja demasiado conservadora comparando com eles. Serei complicada demais?
Eu, para assumir uma relação, preciso de gostar de uma pessoa, ter a certeza de que é aquilo que eu quero, saber se a pessoa corresponde e me respeita e conviver muito com ela, estabelecer uma relação de amizade prematuramente. Tudo isto se dá de uma forma natural, não é nada premeditado e metódico. É qualquer coisa que vai acontecendo, envolvendo a sua magia, mas é algo essencial, gosto de conhecer bem as pessoas com que estou até porque o conhecimento é algo fundamental ao amor, penso eu de que.
O que me espanta mais é que, para eles, o natural não é todo esse processo (mais ou menos rápido) mas sim as coisas acontecerem apenas por interesse. Por exemplo, na visita de estudo conheci pessoas da outra turma que ia com a nossa, pessoas muito fixes. E pedi o e-mail de alguns deles a pessoas que também os conhecem, pedi o de um deles a uma amiga e ela disse-me apenas isto: “Mas porquê? Vais andar com ele?”. E eu, sem saber o que dizer, fiquei para ali de boca aberta e percebi que para eles tudo se resume a isso, a interesses físicos e instantâneos, que tudo começa e acaba assim, num curto espaço de tempo. O que me surpreende ainda mais é o facto de tomarem isso não como “curtes” mas como namoros bastante importantes, normais e sérios.
É perante isto que eu me sinto confusa, não percebo o que se passa na cabeça destas pessoas, ou se serei eu que estou complicada demais. Alguém me dá uma luz?

2005-02-13

Deitados na Terra de Ninguém...

Porque esta é a letra e o poema que melhor exprime o que se passa entre nós as quatro. Nunca vi nada assim, nada tão forte e consistente, nada tão abstracto e tão real, nada tão dificil de explicar mas tão explicito dentro de cada uma de nós. Será dificil para outra pessoa pareceber um pouco que seja disto que existe, uma espécie de Irmandade (esta palavra não exprime nem metade, mas é a melhor que eu consigo arranjar). É algo que só nós sentimos e percebemos.
Mesmo que queira não consigo explicar pois nem com um livro inteiro as palavras chegam, parece que nunca exprimem o correcto, que falta sempre alguma coisa, nunca chegam ao fundo, ao verdadeiro. Por isso fica o sentimento que nós e só nós, percebemos tão bem!

Fica aqui esta letra que exprime tão bem mas que mesmo assim sabe a pouco, escrita por alguém que tem o dom da palavra e que o mistura com a experiencia de uma vivência espectacular.


Inferno ( O Filme ) Parte 2

Até ao meu regresso e mais além
Deitados na terra de ninguém
Sempre com remorsos por alguém
Que ficou para trás

Nós nos entendemos muito bem
Nem sequer precisamos de falar
Às vezes basta cruzar um olhar
E já está

No combate final
Não ouvindo o teu sinal
Procurarei por ti
Há-de a coragem sobrar
Eu irei-te buscar
Ao inferno
Faz o mesmo pá
Por mim

Até ao meu regresso e mais além
Eu já só te peço fica bem
Aguenta essa saudade por alguém
Que ficou para trás


letra: Tim
música: Xutos & Pontapés

#Xutos e Xutos & Pontapés

Chega a esta altura do ano e a saudade atinge o auge. Saudade dos concertos, saudade dos Andarilhos (dos amigos do peito :), voces estão sempre cá, mesmo tão longe), saudade de os ver tocar, saudade do brilho nos olhos do Kalu, da voz do Tim (e esta, ein?), saudade do Gui Magnifico, saudade dos solos do João, saudade das palhaçadas do Zé. Muita saudade, da vossa musica, da vossa força, da vossa luta. Tenho saudade de viajar p'ra vos ir ver, saudade de os ver na minha terra, saudade de um bom concerto, saudade de cantar e saltar numa grade.
Tudo o que significam para mim encontra-se cá dentro e só eu e os que sentem o mesmo sabemos o que é, nesta altura tudo isso salta cá para fora com mais força do que o normal, só me apetece Andarilhar.

Hoje no Garcia

Hoje comicio com o Jerónimo de Sousa no Teatro Garcia de Resende, às 16H.

Arctic Monkeys - Old Yellow Bricks


Rota de colisãO

Lá, entre o Sol e o Si